Indígena morto a pauladas foi vítima de traficantes incomodados com som alto de festa, diz delegado

Suspeito de cometer crime foi preso nesta quarta-feira (5) e contou motivação de crime para polícia. Humberto Peixoto Lemos, 37 anos Arquivo pessoal Um homem de 28 anos foi preso suspeito de envolvimento na morte do indígena Humberto Peixoto Lemos, que tinha 37 anos, em Manaus. Segundo a polícia, a vítima foi morta por traficantes da área que se incomodaram com som alto em uma festa feita pelo indígena, na comunidade onde morava, na Zona Norte da capital. O crime aconteceu em dezembro de 2019. Segundo o delegado titular do 11º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Antônio Rondon Júnior, após o crime, testemunhas foram ouvidas e a polícia identificou o homem. Um mandado de prisão temporária em nome dele foi expedido e ele foi preso nesta quarta-feira (5). “Nós o prendemos na casa em que morava, no bairro Cidade de Deus. Quando chegamos na casa, ele ainda tentou se esconder em um armário. Ele está contribuindo para as investigações, apontou outros autores e já narrou toda a dinâmica do fato”, disse o delegado. O crime aconteceu no dia 2 de dezembro de 2019, quando suspeitos foram até a vítima para tirarem satisfações sobre uma festa que foi feita por ele, no bairro. O delegado informou que traficantes das proximidades reclamaram de som alto vindo do local. “A vítima realizou uma festa em sua residência e o som alto dessa festa teria irritado, além da vizinhança, alguns traficantes da área. Um traficante que comanda a área em que Lemos residia convocou ‘soldados’ para que fossem até a vítima e o advertisse para que seguisse regras impostas por ele no local”, explicou Rondon. O delegado informou que a vítima não aceitou o que foi dito pelos suspeitos e eles começaram a agredí-lo. O indígena foi morto a pauladas na cabeça, atrás de uma feira na Avenida Cosme Ferreira, bairro Coroado, Zona Leste. O suspeito preso já responde na polícia pelo crime de tráfico de drogas. Ele deve responder pelo crime de homicídio e permanecer preso no 11° DIP, enquanto as investigações em torno do caso continuam. Catequista e defensor dos direitos indígenas Segundo a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), na época em que o crime aconteceu, Humberto era catequista e defensor dos índios. Ele era indígena da etnia Tuyuca, do povo Utãpinopona, filhos da Cobra de Pedra, de São Gabriel da Cachoeira, município localizado a 852 Km de Manaus. Ele trabalhava na Cáritas Arquidiocesana de Manaus, como assessor da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus (PIAMA). Humberto morava em Manaus desde 2012 e era totalmente envolvido nas causas indígenas. Além de ser membro da Copime, ele representava os povos indígenas como conselheiro suplente no Conselho Municipal de Manaus (CMS/MAO) e era catequista. O homem trabalhou também como assessor da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN).

Indígena morto a pauladas foi vítima de traficantes incomodados com som alto de festa, diz delegado

Suspeito de cometer crime foi preso nesta quarta-feira (5) e contou motivação de crime para polícia. Humberto Peixoto Lemos, 37 anos Arquivo pessoal Um homem de 28 anos foi preso suspeito de envolvimento na morte do indígena Humberto Peixoto Lemos, que tinha 37 anos, em Manaus. Segundo a polícia, a vítima foi morta por traficantes da área que se incomodaram com som alto em uma festa feita pelo indígena, na comunidade onde morava, na Zona Norte da capital. O crime aconteceu em dezembro de 2019. Segundo o delegado titular do 11º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Antônio Rondon Júnior, após o crime, testemunhas foram ouvidas e a polícia identificou o homem. Um mandado de prisão temporária em nome dele foi expedido e ele foi preso nesta quarta-feira (5). “Nós o prendemos na casa em que morava, no bairro Cidade de Deus. Quando chegamos na casa, ele ainda tentou se esconder em um armário. Ele está contribuindo para as investigações, apontou outros autores e já narrou toda a dinâmica do fato”, disse o delegado. O crime aconteceu no dia 2 de dezembro de 2019, quando suspeitos foram até a vítima para tirarem satisfações sobre uma festa que foi feita por ele, no bairro. O delegado informou que traficantes das proximidades reclamaram de som alto vindo do local. “A vítima realizou uma festa em sua residência e o som alto dessa festa teria irritado, além da vizinhança, alguns traficantes da área. Um traficante que comanda a área em que Lemos residia convocou ‘soldados’ para que fossem até a vítima e o advertisse para que seguisse regras impostas por ele no local”, explicou Rondon. O delegado informou que a vítima não aceitou o que foi dito pelos suspeitos e eles começaram a agredí-lo. O indígena foi morto a pauladas na cabeça, atrás de uma feira na Avenida Cosme Ferreira, bairro Coroado, Zona Leste. O suspeito preso já responde na polícia pelo crime de tráfico de drogas. Ele deve responder pelo crime de homicídio e permanecer preso no 11° DIP, enquanto as investigações em torno do caso continuam. Catequista e defensor dos direitos indígenas Segundo a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), na época em que o crime aconteceu, Humberto era catequista e defensor dos índios. Ele era indígena da etnia Tuyuca, do povo Utãpinopona, filhos da Cobra de Pedra, de São Gabriel da Cachoeira, município localizado a 852 Km de Manaus. Ele trabalhava na Cáritas Arquidiocesana de Manaus, como assessor da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus (PIAMA). Humberto morava em Manaus desde 2012 e era totalmente envolvido nas causas indígenas. Além de ser membro da Copime, ele representava os povos indígenas como conselheiro suplente no Conselho Municipal de Manaus (CMS/MAO) e era catequista. O homem trabalhou também como assessor da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN).